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Iguatu ARCE: Água fornecida à população pode estar contaminada e interdição parcial da ETE de Iguatu é recomendada

Relatório técnico aponta risco à saúde e ao meio ambiente, mas nada foi feito até agora; SAAE não apresenta soluções, apesar de arrecadar R$ 2,1 milhões por mês

Publicada em 15/04/25 às 13:02h - 39 visualizações

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Iguatu ARCE: Água fornecida à população pode estar contaminada e interdição parcial da ETE de Iguatu é recomendada
 (Foto: Reprodução)

Em 5 de julho de 2024, um laudo assinado pelo engenheiro Alceu de Castro Galvão Junior, Analista de Regulação da ARCE, recomendou a interdição parcial da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE/Iguatu) devido a falhas críticas no sistema de saneamento que comprometem a qualidade da água fornecida à população. No entanto, mais de 9 meses depois, em 15 de abril de 2025, supostamente, nenhuma medida foi tomada pela autarquia para resolver o problema. Enquanto isso, a população continua exposta ao risco de consumir água não potável, o que pode acarretar sérios problemas à saúde e ao meio ambiente.

A ETE, que deveria garantir o tratamento adequado do esgoto, estaria operando de forma inadequada e ineficiente. O laudo técnico apontou falhas nos processos de tratamento, o que pode resultar na contaminação da água com microrganismos patogênicos, como bactérias e vírus, colocando em risco a saúde da população. Além disso, a falta de manutenção e ampliação da capacidade instalada compromete ainda mais a eficiência do sistema.

Ampliação da ETE em 30%

De acordo com o relatório, a ampliação da capacidade de tratamento da ETE é uma medida urgente para atender à crescente demanda de tratamento de esgoto. O estudo sugere que a capacidade instalada da ETE seja ampliada em 30%, para garantir que o sistema seja capaz de tratar adequadamente o volume de resíduos gerados pela população. Essa ampliação envolveria investimentos em novos equipamentosreforço na mão de obra especializada, e recursos financeiros adicionais para adequar a infraestrutura e melhorar a eficiência do processo de tratamento.


A situação não é apenas técnica 

O risco à saúde pública é uma preocupação crescente. A água fornecida, que pode estar contaminada, é essencial para o consumo humano, e a falta de um tratamento adequado pode resultar na propagação de doenças como diarreia, hepatite A, cólera e outras infecções intestinais. Além disso, a presença de contaminantes como metais pesados e produtos químicos no esgoto não tratado pode prejudicar os recursos hídricos, comprometendo a qualidade de rios e reservatórios, afetando não apenas as pessoas, mas também os ecossistemas locais.

O impacto ambiental é igualmente alarmante

O despejo inadequado de esgoto pode resultar na contaminação de corpos d’água, afetando a fauna e a flora locais. A poluição dos recursos hídricos pode provocar a morte de peixes e afetar a biodiversidade de áreas naturais, o que comprometeria ainda mais a qualidade de vida dos moradores e a saúde dos ecossistemas.

SAAE arrecada R$ 2,1 milhões por mês, mas nada muda

Outro dado alarmante é que, apesar de arrecadar mensalmente R$ 2,1 milhões e ter contraído um empréstimo com outra instituição financeira e ainda com a CAF (Corporação Andina de Fomento) para melhorias na captação de água e saneamento, a gestão do SAAE não apresentou soluções concretas. A promessa de investir no sistema de saneamento não foi cumprida, e até o momento, nenhuma obra de saneamento e drenagem foi concluída. A situação é ainda mais preocupante, já que parte da receita do SAAE foi dada como garantia do empréstimo, mas os repasses foram suspensos em fevereiro de 2025.

Além disso, a recorrência de rompimentos de canos e adutorasquebras de bombas e paralisações nos serviços tem comprometido ainda mais a distribuição de água tratada à população. Esse cenário revela uma gestão ineficiente e falta de planejamento, que não só prejudica os moradores, mas também compromete a sustentabilidade do sistema de saneamento.

A palavra dos moradores e especialistas

Em conversa com moradores, muitos expressam preocupação com a qualidade da água que chega às suas casas. “Eu não confio mais na água que sai da torneira.”, comentou uma usuária moradora do bairro Novo Altiplano e que pediu anonimato. 

De acordo com estudos científicos sobre saneamento básico, a falta de investimentos no tratamento de esgoto e água pode resultar em sérios riscos à saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a suposta contaminação da água com patógenos é uma das principais causas de doenças infecciosas que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo. Além disso, a contaminação dos corpos d’água devido ao esgoto não tratado é um fator significativo para o declínio da qualidade ambiental, afetando tanto a fauna quanto a flora, com implicações devastadoras para os ecossistemas locais e a biodiversidade.

Estudos da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) também reforçam que a ampliação da capacidade de tratamento de esgoto é fundamental para acompanhar o crescimento populacional e a geração de resíduos. A falta de manutenção e a sobrecarga das estações de tratamento podem comprometer a eficiência do sistema e gerar sérios riscos à saúde, como a exposição a substâncias químicas e patógenos nocivos.

Medidas urgentes

A situação exige ação imediata por parte do SAAE e das autoridades municipais. É necessário que a interdição parcial da ETE seja realizada, conforme recomendado no laudo técnico de julho de 2024, e que os recursos sejam direcionados para a ampliação da capacidade de tratamento da estação. A ampliação de 30% da capacidade instalada é fundamental para garantir que o sistema de saneamento seja adequado para as necessidades da população.

Além disso, é essencial que o SAAE priorize a manutenção da infraestrutura existente e invista na modernização dos processos de tratamento. Caso contrário, o risco de surtos de doenças e a contaminação dos recursos hídricos podem se tornar uma realidade ainda mais grave para a população.

O SAAE de Iguatu enfrenta uma série de desafios relacionados à falta de investimentos em saneamento e manutenção. A saúde pública e o meio ambiente estão diretamente ameaçados pela ineficiência do sistema de tratamento de esgoto e pela falta de ação para resolver esses problemas. A ampliação da ETE e a melhoria na gestão do sistema de saneamento são urgentes.

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                      Fonte: (*)com informações:   Mais Fm Iguatu 




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